LOJA DE PESQUISAS - ANGELO CARDOSO DOURADO

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Para muitos, ser adversário político, ou em ideias, é ser inimigo; para outros, o adversário é apenas um emulo, um auxiliar. Para mim, o adversário é uma força oposta que, tendendo para o mesmo fim, isto é, para o interesse comum da pátria, equilibrando-se pela resistência nos eleva, e embora divergindo de formas e meios, os adversários chegam ao mesmo fim, guiados pelo mesmo ideal, a grandeza da nacionalidade, sua honorabilidade; guarda com o mesmo zelo com que se guarda a honra da família, que o soldado e o cidadão, que a compreendem, sabem defender, a troco da própria vida, sem um lamento, sem uma queixa, por que reconhecem que nesse sacrifício sublime o homem se eleva em si mesmo quando se julga, e quando no íntimo da sua consciência compreende a grandeza de seu ato. A Felicidade única que reconhecemos invejamos, é a paz de espírito, é a consciência de nunca ter propositalmente sido causa de desgraças, nunca ser apontado como um monstro, sendo preferível ser apontado como um mesquinho. Escreveu o Dr. Ângelo Cardoso Dourado Pereira em 12/01/1899.

Eis meus caros irmãos: o homem, o médico, o escritor, o chefe de família, o Maçom que nesta data ao instalar a Loja de Pesquisas Maçônicas que leva o seu nome quero de forma modesta discorrer um pouco da história de vida do nosso homenageado.

A realidade social do Rio Grande do Sul da época da guerra civil do período pós-revolucionário foi retratada com detalhes por um dos participantes do confronto, o médico Ângelo Dourado, em alguns escritos sobre suas vivências no sul do Brasil, uns de natureza político partidária, outros com ênfase a sua atuação profissional.

Faleceu às 10 horas e 15 minutos à 23/10/1905 com 50 anos de idade na cidade do Rio Grande em consequência de uma grave enfermidade que fora acometido na cidade de Jaguarão.